A dor é o principal motivo de consultas médicas em todo o mundo, principalmente dores nas costas e dores de cabeça. É causa frequente de faltas no trabalho, envolvendo alto custo social e sendo também uma importante causa de suicídios.
É necessário dar o valor necessário a esta queixa, que é a mais frequente do paciente! Tanto que hoje existe um profissional especializado no tratamento da dor! A dor em si, é um sinal de alerta ao corpo de que algo está errado. Podendo ser um sinal real ou simplesmente ativo, sem lesão associada. É uma sensação completamente única, pois cada organismo reage aos estímulos de uma maneira, conforme as sensações sentidas ao longo de sua vida. A dor é uma sensação individual e subjetiva. Em resumo: Quando estamos bem frequentemente temos menos queixas dolorosas! Algumas vezes nos deparamos com dores que persistem muito tempo e que inclusive algumas vezes não achamos o culpado por causar tanto desconforto, se essas dores perdurarem longo tempo, em geral mais que três meses, são chamadas dores crônicas.
O primeiro passo no paciente com uma queixa dolorosa é averiguar a origem da sensação, tentar achar a sua causa e efetivamente, se possível, tratá-la. Quanto antes o problema for contido, melhor será o prognóstico, evitando o surgimento da memória da dor e o desenvolvimento de um quadro doloroso crônico.
Quando falamos em tratamento, este é completamente individualizado, pois como sua dor é única, seu tratamento também é!
De uma forma geral quanto mais medo tivermos de enfrentar o quadro, se mobilizando menos, entraremos em um ciclo de dor evoluindo junto com um quadro de medo de movimento, teremos um quadro de ansiedade, piora de rendimento, depressão e mais dor!
As terapias psicológicas, como a terapia cognitivo comportamental, e as que melhoram a mobilidade, como fisioterapia, exercício físico regular e bem orientado, costumam ajudar a quebrar este ciclo. Associado a isso somam-se uma gama gigantesca de medicações que podem nos ajudar a encerrar, mas principalmente amenizar o quadro permitindo evoluir no tratamento.
Além das terapias convencionais já bem consagradas podemos em situações em que a resposta não for adequada ou tentando acelerar um processo de melhora fazer uso de terapias especializadas como o uso de estimulação magnética transcraniana, procedimentos intervencionistas como bloqueios e rizotomias de coluna, joelho, ombro, quadril, etc. E em casos específicos mesmo tratamentos cirúrgicos, como por exemplo cirurgias para neuralgia trigeminal, microcirurgias ou cirurgias endoscópicas por hérnias discais e estimuladores medulares em pacientes em que a cirurgia de coluna não teve um bom resultado, entre outras opções de tratamento.
Um quadro doloroso é algo sério, precisa ser investigado e corretamente tratado.
Mestre em Dor NeuroDont
Dr. Giancarlo G. Bregalda - CRM 16372 | RQE 10264 | RQE 22645